ludovic

Os paulistanos do Ludovic têm trilhado um caminho árduo e sinuoso, conquistando uma fiel e crescente legião de seguidores com sangue, suor e lágrimas. Literalmente. A incrível evolução que a banda apresenta desde o lançamento do EP “Ludovic” de 2001, passando pelo cultuado “Servil” (Teenager in a Box, 2004) pode ser conferida em sua totalidade em seu mais recente lançamento, “Idioma Morto”, via Travolta Discos. De 2000, ano de sua formação, para hoje a banda passou por diversas formações, estabilizando-se com Jair Naves (voz), Eduardo Praça (guitarra), Ezekiel Underwood (guitarra), Fábio Sant’anna (baixo) e Júlio Santos (bateria). Fazendo shows incendiários em todo e qualquer buraco em que fossem convidados, o boca-a-boca em torno das apresentações da banda logo fez o Ludovic saltar do gueto para programas de televisão (Banda Antes MTV e Alto-Falante, da TV Cultura, por exemplo), assim como para alguns dos maiores festivais independentes do país, como o Goiânia Noise Festival (GO), Calango (MT), Americana Independente (SP), Kool Metal Fest (SP) e Campari Rock (SP), onde dividiram o palco com nomes de peso como Supergrass, Nação Zumbi e o trio norte-americano Mission of Burma, influência confessa da banda (assim como Sonic Youth, Patti Smith, Joy Division e Fellini). Em uma época com tantos subgêneros dentro do rock, é até de se estranhar que a melhor definição para dar à banda seja simplesmente rock! Cru, intenso, furioso. É o que se ouve em “Servil” (2004), sucesso de crítica e de público, e que deu à banda, via voto popular, o Prêmio Dynamite de Música Independente 2005 na categoria “melhor disco de indie rock”. Gravado no primeiro semestre de 2006, “Idioma Morto” leva essa experiência ainda mais longe, não facilitando para ninguém. Em letras em que o arrependimento, o peso das frustrações cotidianas e o sentimento de impotência diante da vida adulta dão a tônica - ainda mais explicitamente e com arranjos muito mais elaborados do que os do disco anterior, o que pode ser conferido em “Qorpo Santo de Saias”. Os fãs já convertidos podem se sentir em casa com músicas diretas como “Atrofiando/ Recém-convertido/ Ex-futuro diplomata”, mas se surpreenderão do mesmo modo de que quando os conheceram, em músicas como “Unha e Carne” e “Sob o Tapete Vermelho”. Na jornada de quarenta minutos de “Idioma Morto”, o Ludovic avança ainda mais em seu difícil e sinuoso caminho.




Servil








01. Você sempre terá alguém a seus pés
02. Teoria e prática na voz de um veterano ofegante
03. CVV
04. Vane, vane, vane
05. Boas sementes, bons frutos
06. Nós, os milionários
07. Repetição insignificante
08. Ombro a ombro
09. Tolice10. Servil
11. Mais um vexame para a minha coleção


Idioma Morto

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01. Atrofiando / Recém-Convertido / Ex-futuro diplomata

02. Eu fiz pouco caso de um gênio

03. Nas suas palavras

04. Poço de hombridade

05. Um grande nó

06. Unha e carne

07. Janeiro continua sendo o pior dos meses

08. Qorpo-santo de saias

09. Sob o tapete vermelho

10. Desova

11. Trégua